As infecções urinárias são muito frequentes. Entre as variações desse problema, destaca-se a cistite, que é deflagrada por bactérias e causa dor e ardência ao urinar.
Na maioria dos casos, os micro-organismos responsáveis pelo problema são do grupo dos coliformes fecais que habitam o intestino, sobretudo a bactéria Escherichia coli. Um descuido na higiene é suficiente para promover a migração desses germes para os órgãos genitais e, de lá, para a uretra e a bexiga. Uma vez ali, encontram um ambiente perfeito para se multiplicar, desencadeando a infecção.
Além da limpeza inadequada após a evacuação, a contaminação pode ocorrer durante o sexo, quando os micróbios presentes na área perianal conseguem chegar até a uretra. O desconforto aparece também quando a mulher segura a urina por muito tempo: a bexiga cheia se torna um lugar propício para as bactérias se propagarem.
Propensão genética, baixa imunidade ou bactérias mais agressivas podem fazer com que a infecção se estenda até a pelve do rim. Um quadro assim é capaz de desencadear uma insuficiência renal ou até uma septicemia, complicação em que o processo infeccioso se espalha pelo corpo, levando a vítima ao risco de morte.
Sinais e sintomas
- Dor e ardor ao urinar;
- Dor no baixo ventre;
- Sensação persistente de bexiga cheia, mesmo depois de esvaziá-la;
- Presença de sangue no xixi;
- Febre;
- Dor nas costas.
Fatores de risco
- Sexo feminino;
- Idade avançada;
- Segurar o xixi;
- Higiene malfeita;
- Diabetes;
- Prisão de ventre;
- Pedra nos rins.
A prevenção
Tomar muita água é um hábito que ajuda tanto na prevenção quanto na eliminação das bactérias quando elas já se instalaram na bexiga. Como na maioria das vezes a contaminação acontece quando micro-organismos que saem pelas fezes entram no trato urinário pela uretra, canal por onde sai a urina, a higiene íntima precisa ser caprichada.
O tratamento
Antes de tudo: beba bastante água. O tratamento da cistite em geral também prevê o uso antibiótico por pelo menos três dias, podendo se estender em casos de infecções mais severas e persistentes.
Se nas primeiras 48 horas não há melhora do quadro, o médico poderá indicar a substituição do remédio. Ah! E analgésicos entram em cena para atenuar a dor típica da cistite.
Vale lembrar que a automedicação, sempre desaconselhada, é ainda mais perigosa quando se trata de debelar bactérias. O uso de fármacos inadequados leva a uma resistência desses micro-organismos, tornando cada vez mais difícil seu controle.
Pelo mesmo motivo, a medicação nunca deve ser interrompida antes do tempo determinado pelo especialista. Isso porque, ainda que os sintomas tenham desaparecido logo depois de tomar as primeiras doses, a bactéria continua viva e agindo na bexiga. Suspender o remédio antes da hora aumenta o risco de tornar a infecção ainda mais séria e resistente.
Fonte: Saúde Abril.