Síndrome do ombro congelado: como identificar e tratar?

Doença pode afetar pessoas com idade entre 35 e 60 anos

A síndrome do ombro congelado é uma doença em que a capsula da articulação do ombro inflama, ocorrendo dor e limitação de movimentos, ou seja, o congelamento do ombro afetado. Apesar de não ser comum, a doença se apresenta em dois tipos: uma é causada por diabetes e a outra é uma idiopática, de causa desconhecida. A patologia geralmente se resolve com tratamento não cirúrgico, contudo, a resolução definitiva acontece de forma lenta. Seguindo todas as orientações do especialista, é possível recuperar os movimentos completamente.

A doença é mais comum em pessoas com idade entre 35 a 60 anos. Segundo o médico ortopedista Leandro Gomide, o problema pode ser identificado por conta das dores constante no ombro, evoluindo com perda de movimentos, em especial a rotação lateral (para fora) e a rotação medial (para dentro). 

“O tratamento consiste em analgésicos, anti-inflamatórios, fisioterapia, controle da diabetes, bloqueios de nervos do ombro e, às vezes, até cirurgia, mas raramente é necessária, já que quando é feita não tem resultados satisfatórios”, explica.

O que é?

A capsulite adesiva (ombro congelado) se caracteriza por limitação dos movimentos e dores intensas no ombro. A doença, que pode durar meses e até anos, é provocada por uma inflamação da cápsula que reveste a articulação do ombro, o que causa inflamação, fibrose, espessamento e rigidez da cápsula articular, levando à dor e à impotência funcional do ombro. Caracterizado por dor e rigidez, a doença se confunde a outros diagnósticos, como, por exemplo, artrose, porém as características da dor da artrose são diferentes das que caracterizam a capsulite. Um dos tipos da doença está relacionado a traumas ou pancadas no ombro, causando pouca dor. Na segunda causa, a dor é maior que a restrição de movimentos. Contudo, nos dois tipos, a perda dos movimentos vai acontecendo aos poucos.

Fisioterapia e alongamentos

Quem sofre com o problema deve procurar tratamento médico para manter a capacidade de movimentação dos ombros. Identificar a causa da dor é fundamental para iniciar o tratamento e começar uma reabilitação com sessões de fisioterapia para ganhar amplitude de movimentos.

O uso de medicamentos anti-inflamatórios e analgésicos também diminui o desconforto nos pacientes, entretanto, há casos mais complicados, em que a doença se mostra mais resistente ao tratamento e que é preciso recorrer à correção cirúrgica.

Técnicas de mobilização e os exercícios de alongamentos podem ser realizados em casa e também no consultório. As bolsas de água quente são muito úteis para colocar antes de fazer os alongamentos porque elas relaxam os músculos e facilitam o estiramento muscular.