Ortopedista de Uberlândia já realizou mais de 300 intervenções
Com a finalidade de corrigir diferenças entre tamanho de membros superiores e inferiores, reparar problemas congênitos ou que foram adquiridos com o passar do tempo e inclusive aumentar a estatura uma técnica inovadora de alongamento ósseo, chamada distração osteogênica, tem ganhado muitos adeptos no Brasil e no mundo.
De acordo com o ortopedista, especialista em alongamento dos ossos, David de Mello Marin, do hospital Orthomed Center, a realização do procedimento depende de vários fatores como: qual osso será alongado, idade do paciente, estado nutricional, capacidade biológica, se o paciente é fumante, entre outros pontos. “Em média, obtemos até cinco centímetros nas tíbias e sete/oito centímetros no fêmur em pacientes jovens. A cirurgia é indicada homens e mulheres que tenham diferenças entre os membros ou que busquem maior estatura”, conta.
Para fazer a cirurgia, o especialista explica que utiliza um fixador externo menor e mais confortável do que era usado há alguns anos. Também é associada uma haste (ferro) intramedular, indolor e imperceptível, que permite que o próprio paciente faça ajustes diários, com a velocidade de 1 mm ao dia, ou seja, 1 cm a cada 10 dias. No caso de 5 cm, por exemplo, o paciente retira os fixadores externos com apenas 50 dias. “A reabilitação e movimentação diária é muito importante para manter o arco de movimento articular, força muscular e treinar a marcha para a nova estatura e campo visual nos casos de ganho de estatura”, diz.
Cuidados necessários
Para fazer o procedimento é importante que o paciente atenda a alguns pré-requisitos. Por isto, é preciso primeiramente entender como funciona a cirurgia, os riscos e benefícios, importância da reabilitação diária, como por exemplo, a fisioterapia. “Diferentemente de tempos mais antigos, o paciente não fica mais acamado, pelo contrário, deve ficar de pé e andar já no primeiro dia após a cirurgia. Essas orientações são esclarecidas na consulta médica, assim como os exames de imagem que são feitos para calcular a medidas ósseas e proporcionalidade corporal”, explica.
Como em todo procedimento há riscos, embora sejam minimizados quando o paciente segue corretamente as orientações, toma as medicações e faz a reabilitação e fisioterapia de forma correta.
David Marin faz esse procedimento no Hospital Orthomed Center desde 2016 e já realizou a cirurgia de alongamento de ossos em mais de 300 pacientes, que chegam no consultório com queixas diversas. “Cada paciente tem seu motivo pessoal e minha função é tentar ajudá-lo de uma forma segura. Geralmente, são pessoas com complexo de inferioridade e, às vezes, sem vida social devido à baixa estatura; outros que precisam de uma estatura mínima para ingressar em algum concurso que exija uma certa altura como pré-requisito; homens trans, que assim como buscam a retirada de seios desejam também uma altura mais condizente com sexo masculino, entre outros”, conta.
O médico acrescenta ainda que o alongamento dos ossos mexe diretamente com a autoestima das pessoas. “Ao final do tratamento, pergunto a todos os pacientes se valeu a pena o dinheiro investido e o esforço diário realizado por eles e a resposta é unânime. Todos referem melhora exponencial na autoestima e na confiança. Para muitos é uma nova vida que se inicia”, finaliza.