Médico explica lesões comuns e faz orientações para evitar acidentes
O verão pede água, seja para ingerir ou não. Com as temporadas mais quentes, com termômetros que chegam aos 40º, é fácil ver um grande público nos clubes, cachoeiras, rios e represas da região. É nestes momentos de lazer que as pessoas aproveitam para fazer um esporte aquático mais radical, como jet ski. A prática da aventura pode ser refrescante, mas inspira cuidados e experiência para evitar acidentes.
De acordo com o ortopedista do Hospital Orthomed Center, Luiz Cláudio Carvalho, o jet ski causa mais lesões por impacto, como contusões e fraturas. “Isso acontece principalmente quando existe a colisão com outras embarcações ou até a desaceleração quando entra na água em mergulho, levando o piloto ou o passageiro a ser arremessado contra o volante do jet, causando trauma torácico ou abdominal, por exemplo”, conta.
Além do jet ski, existem outras opções que exigem cuidados. Para o especialista, esportes aquáticos como wake e esqui são mais propensos a causarem lesões nos joelhos e tornozelos, principalmente quando o esqui ou a prancha de wake não solta dos pés durante as quedas, de tal maneira que funciona como um braço de alavanca, torcendo o joelho ou o tornozelo, causando muitas vezes lesões ligamentares que podem exigir tratamento cirúrgico. “Outras lesões frequentes em iniciantes são nos músculos da virilha e coxa, devido à força excessiva, pra compensar a falta de técnica na hora de levantar na água para iniciar o deslizamento sobre ela, além de lesões causadas pela própria corda de reboque, quando a mesma prende nos braços ou pernas durante a queda e exercem tração excessiva, levando à escoriações e traumas articulares”, alerta o médico.
Portanto, nesse verão faça sua programação mas tome alguns cuidados: não combine o uso de álcool com nenhum tipo de esporte aquático, respeite todas as regras de segurança do local, ouvindo sempre a orientação dos instrutores profissionais, além de usar os acessórios como colete salva-vidas e capacete.