Bons hábitos e exames periódicos aumentam a chance de cura do câncer de próstata

 

A doença é a segunda causa de morte por câncer em homens no Brasil

Estudos realizados pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA) estimam que para cada biênio 2018/2019, sejam diagnosticados 68.220 novos casos de câncer de próstata no Brasil. Isso indica um risco estimado de 66,22 casos novos a cada 100 mil homens, sendo a segunda causa de morte por câncer em homens no Brasil, com mais de 14 mil óbitos.

A próstata é uma glândula do sistema reprodutor masculino. O tumor afeta essa glândula que está localizada abaixo da bexiga e que envolve a uretra. Na maioria das vezes o câncer de próstata não apresenta sintomas. Existem fatores intrínsecos que aumentam a chance do aparecimento da doença e que não podem ser alterados. São eles a idade, histórico familiar e a descendência de raça negra. “Em geral, o exame se inicia de forma preventiva aos 50 anos, mas para os que têm esses fatores de risco ou obesidade, o exame é recomendado aos 45. Alguns outros fatores podem ser considerados de risco, mas também podem ser classificados como preventivos se evitados como obesidade, sedentarismo, tabagismo e o consumo de álcool em excesso”, ressalta o urologista do Hospital Orthomed Center, Eduardo Zanin, que também é médico no  Hospital do Câncer em Uberlândia.

Segundo o especialista, quem realiza os exames periódicos tem de 80% a 90% de chance de cura e quando a descoberta vem tarde, as chances caem para 30%. O diagnóstico precoce pode ser realizado por meio do exame de sangue antígeno prostático específico (PSA) e o toque retal. Estes exames juntos são capazes de rastrear e definir a sequência ideal de tratamento para o paciente, e o exame de toque, capaz de fornecer as informações fundamentais para estadiamento do câncer.

O urologista ainda afirma que cerca de dois terços dos homens brasileiros não se submetem ao toque retal de rastreamento. “Mas hoje vemos que o número de homens que procuram mais os cuidados com a saúde aumentou. A maioria é incentivado pelas esposas, mães e filhas”, afirma.

Zanin ainda lembra que a informação é o principal parâmetro que impacta no diagnóstico precoce e que o movimento de Novembro Azul tem feito a diferença para a descoberta da doença.

Manter uma alimentação saudável e medidas antiestresse também colaboram de forma geral para ter uma vida saudável. “Um diagnóstico precoce impacta em maior índice de cura e melhor qualidade de vida aos pacientes acometidos pela doença, isso porque, o câncer de próstata inicial não causa nenhum sintoma ao paciente. Somente os exames preventivos de rotina anual podem diagnosticar tumores assintomáticos”, finaliza Eduardo.